Acidentes acontecem: sobre crianças e animais no mesmo ambiente

Em um dia de feriado Olímpico, fomos nós para a fazenda da minha sogra. Chegando, foi uma festa só no meio dos “cocós”, patos, “cavaios”, vacas, gatos e “au aus”. Alguns cachorros já estão por lá há anos, a Mentira, por exemplo, vai fazer 17 anos, no entanto é mais inteira do que muito cachorro novo.

Resolvi relaxar e deixei o Eduardo mais solto. O Faraó é um cão bem grande e isso atraiu meu filho, pois nunca se aproximara de um “au au gande”. Quando fui à cozinha, lá estava o Faraó deitado no chão, o Dudu fazendo-lhe carinho e o Felipe, meu marido, alimentando o fogão a lenha. Tudo na mais perfeita ordem. De repente, o cão se levantou e o meu filho foi atrás. Na volta, o grande susto! Farofa (carinhosamente chamado pelo meu marido) se virou e “nhac” no rosto do Eduardo. Ele caiu para trás chorando e o Faraó foi para o canto, sentindo que fez algo de errado.

Na mesma hora, peguei-o no colo e levei-o para lavar o ferimento, que graças a Deus, foi apenas um arranhão no queixo, onde passamos Mertiolate. Depois, sentei com o Dudu e comecei a chorar litros de tanto nervoso. Meu marido me consolava enquanto o Eduardo já estava brincando

Como na fazenda não tem sinal de telefone, fomos até a cidade, onde liguei para a pediatra, que aconselhou o mesmo que, por instinto, eu já tinha feito: lavar com sabão de côco e passar o remédio.

Não satisfeita, levei-o ao posto de saúde. Lá a enfermeira limpou com Iodo. Como o cachorro é de casa, a profissional aconselhou observar o animal durante 10 dias: caso ele viesse a morrer ou a vacina não estivesse em dia, seria necessário vacinar o Eduardo contra a Raiva. A vacina também seria aplicada se o cão fosse de rua e não tivesse como observá-lo.

É muito importante frisar que todo indivíduo mordido por um cão deve, primeiramente, tentar obter a carteira de vacinação do animal para saber se ele está devidamente vacinado, uma vez que esses não são fonte de transmissão da Raiva. Se o cachorro estiver com a vacina em dia, não há necessidade de iniciar qualquer tratamento, a não ser que o animal passe a apresentar sintomas da doença poucos dias depois da mordida.

A Raiva é de origem viral que possui taxa de mortalidade em praticamente 100% dos casos. Não há tratamento eficaz, mas a prevenção é possível através de vacina ou imunoglobulina.

Revisão: Elisa Bragança

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